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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Poetizando? Haha

Viro-me na cama
Mais uma vez
Não encontro a posição certa
Há muito tempo estou tentando

Se não me dói a coluna
O cotovelo bate na parede
Se minhas pernas estão no conforto
Não posso dizer o mesmo sobre o pescoço

Viro e desviro
Mexo e remexo
Tentando achar posição tal
Na qual eu não sinta incômodo

De dor já chega
Já basta o coração
Coração dolorido, machucado,
Sofrido, picado e partido,
Tentando sarar
Em vão
Pois de nada adianta mudar de posição
E como dói
Como me dói o coração
Naquele buraco sem fundo
Que cavaste sem compaixão

domingo, 11 de setembro de 2011

Poetizando, mais uma vez. Ou tentando poetizar.


Vida de borboleta

E ao olhar nos olhos se percebe
O que não se precisa dom para perceber
Aquela que sorri por qualquer coisa
Parece sempre disposta
Muito esconde, não se mostra

Olhos fundos,
Noites sem dormir,
Lágrimas escondidas
choram o que há de sair

Se agarra a tudo
Tentando esquecer o passado
As dores e saudades
Em suma, a vida
A vida que deixou para trás

Se agarra a todos
Procurando algo
Ou talvez alguém
Bom o suficiente para lhe curar o coração
E não quebrar nunca mais

Tenta viver uma vida inventada
Escrita, poetizada
Um mundo rosa e lilás
Vida de borboleta

Tenta fugir do mundo
Ou talvez das pessoas nele
Tem medo de amar
Mas já não teme o amor
Ainda assim, 
Tem medo de se iludir

Os mesmos olhos
Vezes brilhantes
Vezes embaçados
O mesmo sorriso
Falso, amarelo ou multicor
A mesma menina
Procurando a textura
Cor, perfume, sabor
Do presente, do futuro, da vida.
Procurando seu valor.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

[OFF] Poesia (tentativa n° 7) [/OFF]

Mundos

Daqui de cima eu vejo muito
Vejo quase tudo
Vejo uma parte do mundo
Mas esse mundo não é meu

Este mundo é muito certo
E ao mesmo tempo é tão errado
Parece até dois mundos
Dividindo um mesmo lado

No meu mundo tudo é meu
Tudo tem seu ar de graça
Tudo flui como uma dança
Todos têm olhar de criança

E nesse mundo assim tão meu
Há um pedaço que é teu
Assim como em meu coração,
em cada pensamento, cada ação,
cada cantinho de mim.

E daqui eu vejo muito
É como se eu visse tudo
Mas não vejo meu mundo
Já que não estás aqui
-------------------
Sem nome, eu escrevi hoje, no avião, enquanto voltava da Bahia.


Sem Graça

E você não está
onde devia estar
Não consigo te sentir
Menos ainda te ver
Onde está você?

Só sei que não está aqui,
Já nem sei o que sentir
Sinto falta de você
Com esse seu jeito de ser
Esse jeito tão lindo
Que nem parece findo
Ah, se você chegasse agora
Seria mais que bem vindo

Por mais que o tempo passa
Sua ausência não passa
Nada mais tem graça
Sem você perto de mim
porque por mais que você não entenda
Tem que ser assim
Porque hoje eu te amo
e te amarei até o fim.

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Fiz isso para o Sr. Cachinhos, escrita no meio da aula de Inglês, 
no dia que ele faltou de aula. =P

segunda-feira, 28 de março de 2011

Título desnecessário.

Oi, como vai?
Bom, meu nome é James, e eu tenho 14 anos.Vivo no Orfanato Estadual de Brighton, na Inglaterra. Estou aqui desde sempre e com o passar dos anos finalmente entendi que as chances de ser adotado estão ficando cada vez menores. Eu não gosto do orfanato; por ser o mais velho aqui, me fazem trabalhar bastante e a vida é um tédio. Só não é pior porque eu tenho a Anne.Ela tem 13 anos, cabelos loiro-escuros, olhos extremamente verdes e é quase uma cabeça menor que eu.Ela também está aqui desde muito pequena e é minha única e melhor amiga. Antes eu tinha medo de adotarem-na, mas acho que, agora que ela também já cresceu, as chances de adoção são minúsculas. Não digo isso a ela, não sei como ela reagiria.
Já passei muitas coisas com ela, experiências boas e ruins, já nos encrencamos várias vezes. Mas há um episódio que foi ótimo, e eu nunca me esquecerei dele.
Foi perto do Natal, Anne tinha completado 13 anos há menos de 72 horas. Eu acordei às 9 da manhã, me vesti e desci para me juntar aos outros órfãos. Minha amiga me esperava na escada, sorrindo.
-Bom dia. -Eu disse.?
-O mesmo para você. Temos um novatinho. -Anne me puxou pela mão até a mesa de café da manhã e nos sentamos perto de um garotinho de rosto desconhecido.
-Olá. -Cumprimentei.
-James, esse é o Peter.
-Seja bem vindo. -Falei, e o garotinho me respondeu com um sorriso tímido.
Tomei o meu café da manhã e me levantei. Anne veio atrás de mim.
-Gostei dele. -Comentei, quando me vi sozinho com Anne no pátio dos fundos.
-Eu também. -Ela riu. - Eu o achei muito parecido com você.
-Por quê?
-Não sei. -Anne respondeu, quando ouvimos passos lentos. Meio minuto depois, para nossa surpresa, Peter saiu do corredor.
Ele é realmente muito parecido comigo, pensei. Os mesmo cabelos negros e lisos, caindo em uma franja reta pouco acima  das sombrancelhas, a pele extremamente clara e os olhos fundos e também muito negros.
-Oi. - Ele disse, baixinho. - Po- Posso ficar aqui com vocês?
-Claro, Peter. - Disse Anne, caminhando para perto dele. Caminhei até lá e me ajoelhei em uma perna para ficar da altura do garotinho.
-Claro que você pode ficar conosco. -Eu disse. - Mas por que você não quer brincar com os outros?
-Não posso. - Ele disse, tristonho. - Os outros garotos não deixam.
-Fique conosco, então. - Disse Anne, pegando Peter no colo. - Nós somos mais legais.
-Ei, Peet, - Eu disse, inventando um apelido para o garoto que tanto se parecia comigo. - Quantos anos você tem? - Ele levantou quatro dedinhos da mão esquerda e me mostrou.
Passei o resto da manhã conversando com Anne e Peter.
Depois do almoço, Peet tirou um cochilo e Anne e eu voltamos a falar sobre ele, no meu quarto.
-Perguntei aos outros por que eles não deixaram que Peter se juntasse a eles quando estavam brincando. - Contei. - Eles disseram que é porque ele é estranho.
-Estranho? - Disse Anna, pasma. - Ele é melhor que todos os outros juntos! Olhe, James, vamos nos esforçar  para que Peter não saiba disso, ok? Não quero vê-lo triste.
-Tudo bem. Anne... quando eu cheguei aqui o mesmo aconteceu comigo, sabe? Eu quase não me lembro dessa época, mas sei que foi péssimo. Tudo aqui era péssimo até você chegar.
-Depois que eu cheguei melhorou?
-Sim. Sabe, eu tinha alguém que pudesse me fazer sorrir.
-Você se lembra de quando todos foram sendo adotados e só sobramos nós dois? Nós nos sentimos excluídos, humilhados... Foi bem ruim.
-Mas nós conseguimos enfrentar aquilo, né? Um ajudando o outro.
-Sempre juntos. - Disse Anne, dando um bonito sorriso.
-Vou pedir para trazerem Peter para dormir no meu quarto. Não quero que ele divida o quarto com garotos que não gostam dele.
-Eu já disse que você é incrível?
-Sim. - Eu disse. - Mas é algo muito bom de se ouvir várias vezes. - Eu estava mentindo, Anne nunca tinha me feito um elogio tão forte.
-Mudando de assunto, o que você quer de natal? Ainda é a Susan?
-Não sei. - Eu disse, pensando numa garota bonita da escola, um ano mais velha que eu.
-Não sabe, é?
-Bom, talvez ela seja só uma garota bonita. Eu nunca conversei com ela.
-Jammie, não minta para mim.
-Não estou mentindo, An!
-Eu sei que não. Eu convivo contigo por tempo suficiente para saber quando você mente. Até porque você mente muito mal. -Ela disse. - Mas, então, o que você quer de natal?
-Uma bola de rugby nova. Ou algum livro, de preferência do Verne ou do Sir Arthur Conan Doyle.E você?
-Algum livro.Qualquer livro.
-E para o Peet? - Perguntei, automaticamente.
-Meu Deus! Não sei! Talvez uma bola de rugby também.
-Ele ainda é muito pequeno para enfiarmos livros nele, né?
-Ele provavelmente não é alfabetizado, James. E você não pode dar romance policial nem aventura para um garoto de quatro anos ler.
-Eu sei que não! Você acha que eu daria livros desses gêneros para ele?
-Eu sei que você daria, você é louco por esses livros.
-Mas não com quatro anos! Talvez com seis ou cinco... - Eu disse, fazendo Anne rir. Ouvimos um toc toc na porta, Anne foi abrir.
-Peter! - Ela disse, sorrindo, e eles entraram pelo quarto.

O que aconteceu depois disso é meio incerto, os primeiros momentos foram os que ficaram em minha mente. Também lembro da noite de natal, na qual, com muito custo, eu e Anne juntamos dinheiro para comprar uma bola de rugby pequena para o nosso pequeno amigo. Com algumas libras que sobraram, comprei uma adaptação para crianças de A Volta Ao Mundo Em 80 Dias, ignorando os olhares de desaprovação que Anne me lançava.De qualquer forma, na hora de colocar Peter na cama ela veio até meu quarto e leu um capítulo do livro para ele.
Me lembro, também, de quando as aulas voltaram.Anne e eu nos enrolamos bastante com as lições até aprendermos a dividir o tempo entre os deveres e brincar com Peter. Quase sempre fazíamos todos os exercícios enquanto Peet tirava seu cochilo depois do almoço.
Eu nem pensava mais na Susan, todos os meus pensamentos estavam na Anne e no Peter, que era como um irmão mais novo, agora.

Então chegou um dia que foi um dos piores da minha vida, com certeza.
Eu cheguei da escola e Peter veio correndo até mim.
-Hoje mais cedo vieram aqui um moço e uma mulher, e eles disseram que gostaram de mim! Eles disseram que querem ser meu papai e minha mamãe!
Fingi um sorriso, Anne, ao meu lado, engoliu em seco. Peter saiu pulando e sorrindo até a mesa do almoço.
-Ele vai ser adotado... - Disse Anne. - Que bom para ele, né?
-É. Vai ser triste, mas não podemos ser egoístas.Não podemos nos chatear com a felicidade do Peet.
-Foi como ter um irmão, ou até mesmo um filho. - Disse Anne.
-Temos que aproveitar as últimas horas com ele. - Eu disse, e foi sob esse objetivo que passamos os dias que se passaram, muito rapidamente, até o sábado, quando vieram buscar Peter. Ele já estava semi-alfabetizado, Anne e havíamos ensinado. Ele já gostava de Verne e Sherlock Holmes era seu herói.

Foi duro quando tivemos que nos despedir do nosso pequeno amiguinho. Fomos com ele e seus novos pais até a calçada, onde ele me deu um abraço apertado e deu um beijo no rosto de Anne."Muito obrigado.", ele disse, quando entrava no carro.
-Vocês foram como pais para mim. - Ele disse, fazendo com que os meus olhos e os de Anne se enchessem de lágrimas. - James, eu sempre vou me lembrar de você a cada linha dA Volta Ao Mundo Em 80 Dias que eu ler, e Anne, eu sempre vou dormir lembrando de você lendo para mim, aos pés da minha cama, naquela noite do Papai Noel. Agora eu tenho que ir.
Peter entrou no carro com seus pais e acenou da janela quando o carro foi ligado.
Anne começou a chorar realmente quando o carro começou a andar, e eu passei meus braços por trás dela.
-Ele vai ficar bem sem nós. - Eu disse.
-Ele vai, ele é muito esperto. - Ela soluçou. - Mas e nós? Nós ficaremos bem sem ele?
Eu a abracei com força e comecei a chorar também. Não sei por quanto tempo nós ficamos ali, abraçados e chorando.


Agora, meses depois desse acontecimento, ainda sinto falta de Peter. Anne ainda chora, às vezes.
Algo que eu acho surpreendente é que, enquanto tínhamos Peet conosco, meus sentimentos pela Anne mudaram. Eu sinto cada vez mais vontade de estar perto dela e de abraçá-la, mas não sei exatamente o que é isso.
Peter nos visita, de vez em quando. São dias maravilhosos, para mim e para Anne.

Outra surpresa foi quando, semanas atrás, Anne veio até o meu quarto, trazendo o assistente social responsável por quase todas as crianças do orfanato e ele comprovou uma das suspeitas da loirinha:
Peter é meu irmão.





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Depois de muito tempo sem postar aqui, eu volto com esse texto. Espero que gostem, por mais que no ínicio ele tenha ficado mais organizado e no fim quase virou doce, de tão condensado. -QQQQQ
Bom, quem quiser, comente.
Muito obrigada,
Bárbara Contarini.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

♪In Angeles - Fim

Capítulo 17 - parte 1 


Hoje acordei com meu celular tocando, quase na hora do almoço. Atendi meio zonza e ouvi:
-Oi Bruna, tudo bom? Então, vem pra minha casa hoje mais tarde? Você não dorme aqui desde antes da viagem.
-Oi Gabi. -- Falei. -- Vou pedir para minha mãe, se ela deixar eu te ligo. É pra chegar aí que horas?
-Seis, seis e meia. -- Ela disse.-- Vou sair com meu pai às quatro da tarde, então estaremos em casa por volta das seis da tarde.
-Ok. Se meus pais deixarem eu te ligo mais tarde. Beijo!
-Tchau, beijo! -- Gabi se despediu e desligou.
   Essa noite eu sonhei com a viagem mais uma vez. Tudo bem que só faz uma semana de que eu cheguei em casa, mas é estranho eu manter um mesmo sonho bom por tanto tempo. Quando meus sonhos se repetem, costumam ser pesadelos. E esses sonhos são os únicos que eu não ligo de acordar, porque quando eu acordo eu não penso que o sonho acabou, lembro de tudo que se passou comigo, sabendo que foi real.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

♪In Angeles - Cap. 16 - Parte 2

   Tudo passou muito rápido desde quando chegamos ao avião.
   Paula,Mariana e eu ficamos conversando,até que Paula cochilou e Mari foi ler a carta.
-É a primeira vez que você está lendo? -- Perguntei.
-A primeira linha da carta dizia que só era para eu ler quando já estivesse chegando.
-Mas nós estamos na terceira hora de vôo, ainda faltam mais seis horas e meia para você chegar.
-Eu quero saber o que diz, ué. Esse tipo de coisa que me pede para esperar me deixar curiosa.
   Sem dar nenhuma resposta, comecei a pensar.Eu estava com saudades da minha família, dos meus amigos, e mais ainda do Vini.
   Eu ainda lembro de quando eu o conheci. Eu cheguei ao colégio no primeiro dia de aula e vi um garoto novato. E ele estava lendo Senhor Dos Anéis. Resolvi falar com ele, já que amava os filmes, mas nunca tinha lido livro algum de R.R. Tolkien, e me sentei na cadeira de trás. Assim que terminou o capítulo ele se virou e puxou conversa, e a afinidade foi tanta que no intervalo desse primeiro dia nós não nos largamos, e antes de ir embora ele pediu meu MSN. Dei,claro, e naquele dia mesmo passei a tarde toda conversando com ele.
   Com o tempo eu fui percebendo que ninguém me fazia rir mais que ele, que ele tinha o sorriso mais lindo que eu já vira, que seus olhos brilhavam de um jeito especial, que ele me entendia, que ele me acalmava quando eu estava nervosa e me fazia sorrir quando eu estava triste, mesmo sem eu contar para ele, que ele me considerava sua melhor amiga e descobri também que eu estava completamente afim dele.
   Foi pensando nisso que cochilei.

♪In Angeles - Cap. 15 - Parte 3

Nós estávamos sentadas,mal conversando de tão ansiosas, enquanto esperávamos a chegada da Taylor.
Esse é um show pequeno,estão aqui 13 fãs de cada um dos 13 países escolhidos pela Taylor - Argentina,Austrália,Brasil,França.Suíça, Alemanha,Itália, Inglaterra,Grécia,China, Japão, México e Africa do Sul- , além de metade da população de Nashville.
Eu me perdia tentando ver os rostos das swifties de outros lugares do mundo quando senti um cutucão familiar entre as costelas.
-Olhe as silhuetas. --Falou Mari.
-Olhei para o palco e quase desmaiei com o que vi.Toda a The Agency ali, atrás daquele painel brilhante.
Então começou a tocar um violino,e o painel foi subindo, revelando pouco a pouco as pessoas que estavam ali atrás.Quando o painel acabou de subir, Taylor caminhou até a beirada do palco, nos cumprimentou, perguntou como estávamos, se havíamos nos divertido, se estávamos gostando de Nashville, disse que estava muito feliz por poder se apresentar para nós, riu um pouquinho e começou a cantar:
-I don't think that passenger seat has ever look this good to me... --Nessa hora eu comecei a chorar.